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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Automate this: How algorithms took over our markets, our jobs and the world
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 978-1-59184-492-1
Editora: Portfolio / Penguin
Você já parou para pensar como algoritmos podem impactar nossa vida cotidiana? Steiner começa seu livro contando a história do seu amigo Michael Eisen, um biólogo da universidade de Berkeley. Um dia, o evolucionista entrou na amazon.com para adquirir um exemplar de um conhecido livro utilizado pela maioria dos pesquisadores e estudantes de graduação na área "O nascimento de uma mosca", do Peter Lawrence. Esperando pagar entre 35 a 40 dólares no livro, o pesquisador foi pego de surpresa ao ver que os valores estavam na faixa dos milhões. Acreditando se tratar de um erro no sistema, Eisen passou os próximos dias entrando na plataforma de vendas, esperando que o problema tivesse sido corrigido, e novamente mais uma surpresa: o valor estava aumentando, e no terceiro dia estava em 24 milhões.
A resposta para essa bizarrice era um pouco mais complexa que um bug na Amazon. Na verdade, os algoritmos que definem o preço das mercadorias entraram numa espécie de guerra entre si, e essa briga escalou de tal maneira que, de repente, os livros estavam custando tanto quanto uma cobertura em Manhattan, situação que só se normalizou quando um humano interveio. Essa é uma história de certa forma inofensiva, afinal, é difícil acreditar que alguém realizou essa compra desproporcional.
No dia 6 de maio de 2010, entretanto, as coisas ficaram um pouco mais malucas – e com potenciais consequências maiores. O dia amanheceu com os mercados globais pressionados por protestos na Grécia, onde manifestantes protestavam contra os cortes de gastos do governo. O mercado mundial reagiu com medo, acreditando que a situação grega poderia se refletir em suas ações. Steiner vai descrevendo os acontecimentos que foram ocorrendo ao longo do dia, e como uma sensação de estranheza foi se formando. A bolsa estadunidense caiu 2,5% pela manhã, o que normalmente seria considerado um dia ruim, mas, de repente, ações de grandes empresas como Procter & Gamble e Apple sofreram variações enormes de valor. Traders gritavam para comprar, as alterações ocorriam a cada segundo, foi o caos. Até hoje não se sabe exatamente o que aconteceu nesse dia. Uma das hipóteses é que a culpa teria sido de um gestor de recursos no Kansas, cujo algoritmo teria vendido de repente 4 bilhões de dólares em ações futuras, e esse pequeno movimento provocou a reação de vários outros programas.
Normalmente esses processos são muito bem desenhados e definidos: um algoritmo vai fazer aquilo que foi programado para realizar. Acontece que se forem deixados sem supervisão humana, eles não apenas podem como muito provavelmente farão coisas estranhas - o caso do livro sobre as moscas na Amazon é um ótimo exemplo.
De maneira simples, podemos explicar algoritmos como tomadores de decisão. Você pode alimentá-lo com qualquer coisa, sobre qualquer assunto. O exemplo que Steiner nos oferece é: imagine um programa capaz de lhe indicar o melhor casaco a ser utilizado naquele dia. Provavelmente, lhe alimentariam com informações como velocidade do vento, temperatura, cobertura das nuvens etc. Provavelmente, a resposta gerada por ele não seria diferente do casaco que você mesmo escolheria, mas esses sistemas são capazes de resolver problemas mais complexos que esse.
Neste novo mundo, onde fórmulas algorítmicas se tornaram mais comuns, os hackers também se tornaram uma profissão reconhecida. Apesar de o termo trazer uma certa controvérsia, ultimamente, suas conotações são mais positivas do que negativas. São os códigos criados por esses hackers talentosos que chegam em milhares de telas. Eles são os grandes empreendedores dessa geração.
Chegamos à metade deste microbook, e, apesar de hoje em dia estarmos acostumados com a ideia de algoritmos na computação e no ramo da tecnologia, não foi sempre assim. Na verdade, várias figuras históricas ligadas às ciências, foram responsáveis pela criação desses sistemas em épocas que nem se poderia imaginar um computador. Chamamos aqui de "ciências" todo ramo do conhecimento humano, inclusive os que pensaríamos estar mais ligados às humanidades. Os babilônios, por exemplo, utilizam sistemas algorítmicos em suas leis. Antigos professores de Latim também utilizam processos assim para corrigir as lições de seus amigos. O primeiro algoritmo que temos notícia foi inventado pelos antigos sumérios, povo que habitou a região próxima do país que conhecemos hoje como Iraque. Por meio de tábuas de argila datadas de aproximadamente 2500 a.C, aprendemos seu método repetível para dividir igualmente uma colheita de grãos entre um número variável de homens. Era muito útil porque os comerciantes da época não tinham balanças grandes o suficiente para pesar milhares de quilos de alimentos de uma só vez.
Em outras épocas e locais, processos parecidos foram inventados para facilitar a vida das pessoas. Nomes como Corbusier, Fibonacci, Leibniz e até mesmo Newton foram alguns dos responsáveis - muitos desses algoritmos existem e são utilizados até hoje.
Como Steiner nos contou antes, esses métodos computadorizados possuem grande poder no nosso mundo físico. Principalmente quando pensamos no controle da economia mundial e centros financeiros como Wall Street, mas eles estão cada vez mais diversos. Desde definir as músicas que vão chegar em você pelo rádio a decisões mais complexas (e mortais), como sua chance de receber um transplante de órgãos.
Quando entregamos às máquinas o processo e a tomada de decisões, essas automatizações que antes pareciam facilitações vão se tornando cada vez mais perigosas. Será que deveríamos dar todo esse poder aos robôs? De fato, não é apenas o mercado financeiro que deve se cuidar. É possível que muitas profissões se tornem obsoletas com o uso indiscriminado dos algoritmos. Médicos, advogados, motoristas de caminhões e, até mesmo músicos, todos poderiam, no futuro, ser substituídos por esses sistemas. Como isso afetará nossa economia? Provavelmente não teremos uma resposta para isso por mais alguns anos.
A lição que podemos tirar disso, de acordo com Steiner, é que devemos nos aproximar, fazer amizade com esses bots. As pessoas que se tornarão mais valiosas nos próximos anos e décadas serão exatamente aquelas capazes de construir, manter e melhorar esses sistemas. Uma solução apontada pelo autor seria implementar o básico da programação nas escolas, dando a chance de as pessoas entrarem em contato com essa área. Mesmo que a maioria pare por ali, é possível que ótimos talentos floresçam.
Talvez essas últimas palavras de Steiner possam parecer desanimadoras. Afinal, o que escutamos falar sobre pessoas que trabalham com tecnologia as faz soar como seres quase sobre-humanos, dotados de uma inteligência raríssima. Na verdade, mais que ser bom em ciências ou matemática, o que você precisa, caso deseje entrar para essa área, é de prática e persistência. Mesmo pessoas com formações mais distantes podem aprender essas habilidades e serem bem-sucedidas, garantindo bons empregos no ramo.
Depois deste microbook, você entende o papel essencial dos algoritmos em nosso dia a dia e como podem influenciar pequenas e grandes mudanças em nosso mundo. Que tal continuar neste mesmo tema com o microbook "The Filter Bubble: How the New Personalized Web Is Changing What We Read and How We Think", já disponível aqui no 12min?
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Engenheiro e autor estadunidense, Steiner é conhecido por sua pesquisa no impacto crescente dos algoritmos na economia e na sociedade. Antes de começar sua carreira como escritor, foi engenheiro na Gene... (Leia mais)
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